Biólogos descobrem maneira de criar plantas que podem sobreviver em outros planetas.

A construção de uma colónia de terráqueos fora do nosso planeta baseia-se num problema muito sério: a falta de recursos para a alimentação e agricultura e, claro está, oxigénio.

Todos estes problemas poderiam ser resolvidos se a flora da Terra pudesse crescer além do terceiro planeta a contar do Sol, mas inúmeras experiências sugerem que esse não é o caso. Ainda assim, um grupo de especialistas da Suíça, conseguiu encontrar uma maneira de modificar plantas para que estas permanecessem viáveis fora da Terra.

Por trás do estudo estão cientistas da Universidade de Zurique, liderados pelo biólogo Lorenzo Borghi. Naturalmente, os problemas descritos acima poderiam ser resolvidos com a entrega de misturas de solo e nutrientes a outros planetas, mas Borghi e os seus colegas acreditam que isso é extremamente inconveniente. Em primeiro lugar, esgotará os recursos já não infinitos da Terra e, em segundo lugar, trata-se de um empreendimento extremamente dispendioso. Como o Sr. Borghi disse numa entrevista à Digital Trends,

 

“A produção de alimentos é, e provavelmente será, um grande problema nas próximas décadas devido ao crescimento da população mundial, à diminuição das terras aráveis e aos limitados recursos de fertilizantes. A produção de alimentos em laboratório ou nos territórios de outros planetas será extremamente difícil, uma vez que é muito provável que sejam muito mais pobres em nutrientes do que as nossas terras agrícolas. “

 

Para superar tais limitações, os cientistas propõem modificar as plantas usando uma hormona especial que irá forçá-las a entrar em relações simbióticas com os fungos do solo. Tal conexão existe na natureza, mas não é tão comum. Essa relação fornece uma absorção mais completa de recursos como água, nitrogénio e fosfato e ajuda ambos os organismos, plantas e fungos, a sobreviver nas condições em que, individualmente, morreriam. Com o uso da hormona estrigolactona, os cientistas descobriram uma espécie de petúnia que para além de viver muito bem em simbiose com cogumelos, requer uma quantidade extremamente pequena de solo e nutrientes para o seu desenvolvimento, uma vez que, em simbiose, os cogumelos criam algo como uma “imitação do solo”.

 

“Testamos as nossas plantas e descobrimos que elas podem obter altos níveis de substâncias e continuar a crescer, mesmo em microgravidade. Portanto, assumimos que tais plantas se podem tornar as principais para a agricultura em outros planetas e durante longas missões em naves espaciais.”

 

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